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SABEDORIA DE NÃO JULGAR
SEXTA-FEIRA, FEVEREIRO 05, 2010 Quando julgamos as atitudes do próximo não estamos em um estado de evolução tão alto o quanto pensamos estar; apenas nos colocamos em um pedestal de pretensão e imaginamos estar acima de todos. Porém, paremos para refletir... Que divindade nos delegou essa missão, se todos os Mestres nos ensinam a não praticar essa ação? Cada um julga com os elementos que possui, quanto mais somos ignorantes, menos elementos possuímos para julgar algo ou alguém, e quanto menos elementos possuímos, mais rápidas e absolutas são as nossas conclusões. Ao contrário, quem possui mais conhecimento, sabedoria e, com isso, mais elementos para julgar, não chega a conclusões simplistas, rápidas e absolutas. Logo, quem mais se aproxima da verdade é quem julga lentamente, sem absolutismo, sem emoção, mas com profundidade. Então, quem julga lançando seu julgamento sobre os outros, em última análise julga a si mesmo e com seu julgamento se revela. Pelo fato de não podermos julgar senão conforme nosso tipo de pensamento e natureza, com o nosso julgamento são descobertos nosso pensamento e nossa natureza. A melhor maneira de se chegar a conhecer uma pessoa é a de observar os seus julgamentos a respeito dos outros. Quando alguém cai na ilusão de supor que, julgando os outros, está assim pondo-os a descoberto e colocando-se acima deles, na realidade apenas se está submetendo a julgamento, descobrindo-se e mostrando a todos seus próprios defeitos. Assim como diz Mateus em seu Evangelho – “Porque com o juízo com que julgardes, sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós”. Aproveitemos então o tempo que desperdiçamos em julgar os outros para melhorarmos a nós mesmos. Por exemplo, toda vez que você se perceber irritado ou zangado com alguém, não contemple a pessoa, mas a si mesmo. Deixe aflorar em seu coração apenas o sentimentos de misericórdia e compaixão, procurando auxiliar, caso seja possível, mas nunca julgá-la. Que nossas vidas sejam repletas dos sentimentos de compaixão, misericórdia e sabedoria para não julgarmos mais. Que assim seja. Preleção do Grão Frater Yahin de Bethlem no transcurso
da Sessão de PHATAE em 19 de dezembro de 2009. http://ceu-namaste.blogspot.com/2010/02/sabedoria-de-nao-julgar.html |