A LEITURA ILUMINA
A MENTE
Para ser luz, é preciso sempre mais desenvolver nossa capacidade
mental. Somos, em geral, mentalmente preguiçosos. Pouquíssimas
pessoas lêem. Preferem ficar diante das imagens do televisor,
que já fornece coisas prontas, do que tomar um livro ou uma revista
e encher com coisas que pode escolher. A televisão é uma
imposição. Tenho que ver e assimilar o que apresenta.
O livro eu posso escolher. Tenho possibilidade de escolher o que eu
quero e o que me faz bem.
Temos uma mente infinita. Tudo cabe dentro dela. Comparado com o computador,
nosso cérebro é um milagre. Ele é pequeno e nele
cabem milhões de informações. Os computadores ocupam
salas e salas. Nosso cérebro é tão pequeno. A mente
humana é simplesmente inacreditável. Nós a usamos
pouquíssimo, sem saber de sua possibilidade infinita. Ela acumula
milhões e milhões de memórias. Nada escapa. Uma
única mente humana pode conter dentro dela todas as informações
que há nas bibliotecas do mundo. Ela pode memorizar tudo o que
foi escrito e dito até hoje.
A mente continuamente está trabalhando. Está, sem eu saber,
regulando e comandando todo o meu corpo. Todo o funcionamento dos órgãos
do meu corpo é comandado automaticamente pela mente.
A escola oferece esta oportunidade. Cultivar e enriquecer a mente. É
preciso ler, meditar, refletir, estudar, fazer crescer o cultivo da
mente. Um corpo gasto pode ter uma mente sadia. Todos conhecemos velhinhos
que colocam em sua vida o prazer da leitura, da arte, da criatividade.
Mesmo avançados em idade, continuam enriquecendo a mente.
Lembremo-nos de Jesus Cristo, que diz: “Onde estiver teu tesouro,
ali está teu coração”. Continuemos a vida
toda cultivando a nossa mente.
Com a nossa mente iluminada, podemos colaborar, tirando o mundo das
trevas.
No Japão, cada pessoa lê, em média, 14 livros ao
ano. O francês se aproxima dessa média lendo, anualmente,
12, enquanto o norte-americano contenta-se com 10 livros ao ano. No
Brasil, a média é de apenas dois livros ao ano, incluindo
os livros didáticos, cuja leitura é compulsória.
Por vezes, acusamos o preço como responsável por essa
miséria literária. Porém, não parece faltar
dinheiro para a compra de perfumes e cremes embelezadores. Somos o terceiro
maior mercado do mundo nesse item, em cirurgias plásticas somos
vice-campeões mundiais, perdendo apenas para os Estados Unidos.
No setor automotivo, temos a 9ª maior frota do mundo.
O Brasil também ocupa lugar de destaque em aparelhos de TV —
mais de 65 milhões — e a audiência, na maioria dos
domicílios, ultrapassa quatro horas diárias. Esses dados
indicam que a compra de um livro também se enquadra nas prioridades.
A televisão é um bom meio de comunicação
e de lazer. No entanto, deixa a desejar no item cultura. Mais: não
ensina pensar. O mundo que nos foi aberto no século XV por Gutenberg
inventor da imprensa, é um mundo mais sólido. O poeta
baiano Castro Alves fazia apologia do livro dizendo: “Bendito
aquele que semeia livros, livros a mão cheia, e manda o povo
pensar”.
Ir. Amadeu, fsc
Postado no Jornal Católico Estado do Rio de Janeiro – Unidade
– Outubro - 2010
Muita Paz e Luz.
Um beijo no coração de todos.
José Eduardo Antonio de Mattos
Angela Maria de Aquino Mattos