A CIÊNCIA É UMA BUSCA POR VERDADE OU POR APOIO AO MATERIALISMO ?

Às vezes, os cientistas acadêmicos têm tanta convicção de que fornecer apoio ao materialismo é o objetivo da ciência que acabam violando os direitos civis convencionais.
Isso aconteceu com Richard Von Sternberg, paleontólogo que permitiu a publicação de um artigo revisto por um colega acadêmico em sua revista do Instituto Smithsonian (Proceedings of the biological society of Washington), sugerindo que a explosão das complexas formas de vida ocorridas de repente há cerca de 525 milhões de anos talvez fosse melhor explicada pelo design inteligente.

Quase todas as grandes classificações existentes de animais (filos, grupos taxonômicos) surgiram de repente, durante poucos milhões de anos, um mero espirro do tempo geológico.
O próprio Sternberg não era defensor da hipótese do design inteligente, mas acreditava com forte convicção que devia pôr todas as opções na mesa.

A simples sugestão de uma origem que incluía a causação inteligente desencadeou um imenso barulho, dirigido não ao autor, o geólogo e brilhante teórico do design Steve Meyer, mas, sobretudo ao editor Stenberg.

Ele foi contra-investigado sobre suas crenças religiosas e políticas pelos patrões, e, afastado do cargo, teve negado o acesso às coleções de fósseis que precisava para o trabalho como paleontólogo.

Também contou ao Washington Post que, quando a sociedade biológica emitiu uma declaração repudiando o artigo de Meyer, aconselharam-no a não comparecer, porque, segundo ele: “Fui informado de que os sentimentos estavam tão exaltados que eles não podiam me garantir a manutenção da ordem.”
Sternberg recorreu então ao USA Office of Special Counsel, um órgão federal que protege os direitos civis dos empregados do governo, que declarou que ele fora submetido à retaliação e a uma campanha de desinformação.
Em dezembro de 2006, o relatório do congresso mais uma vez inocentou Sternberg de várias alegações falsas, acusando as autoridades do Smithsonian de “o terem atormentado, discriminado e retaliado”.

Ficou claro que Sternberg violara não uma lei escrita, mas tácita: não se poderia examinar a causação inteligente, independentemente do estado da prova, ou do fato de cientistas de qualquer modo associados a ela haverem ou não seguido procedimentos corretos na reunião e publicação de evidências.
Esperava-se que Sternberg não tivesse pensado melhor antes de publicar um trabalho como esse, embora ele tenha passado pela revisão de outros especialistas.

Alguns afirmam que essas regras tácitas, na verdade, obstruem a própria ciência que deveriam proteger.

O matemático e teórico da identidade William Dembski, por exemplo, diz: “A ideologia materialista subverteu o estudo das origens biológicas e cosmológicas, para que o conteúdo real dessas ciências se corrompesse. O problema, portanto, não é apenas que se esteja usando a ciência de forma ilegítima para promover uma visão de mundo materialista, mas que essa visão tem ativamente desprezado a pesquisa científica, levando a conclusões incorretas e não fundamentadas sobre as origens biológicas e cosmológicas”.

Um livro muito interessante para ser lido.

 

Muita Paz e Luz.
Um beijo no coração de todos.
José Eduardo Antonio de Mattos
Angela Maria de Aquino Mattos